Quem sou eu
- Daniel t´ Sàngó
- Gravataí, Rio Grande do Sul, Brazil
- Daniel de Sàngo Agandjú, Religião de Matriz Africana Nação Ijexa, Filho de Santo de Pai Pedro de Osun Doko, Professor de Educação Física Licenciatura Plena formado pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/Canoas), Técnico de Manutenção Mecânica formado pelo SENAI/Gravataí, Técnico em Administração formado pela Escola Fundação Bradesco/Gravataí
domingo, 24 de agosto de 2014
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Xangô ganha colar vermelho e banco
Xangô foi filho rebelde saia pelo mundo fazendo o que queria.
Seu pai Obatalá era informado de seus atos, recebendo muita queixas pelos artes de seu filho.
Obatalá justificava os atos de Xangô, alegando que ele não havia sido criado perto dele.
Mas esperava o dia em que Xangô a ele se submeteria.
Em uma ocasião, Xangô estava em casa de uma de suas mulheres.
Havia deixado o cavalo amarrado à porta da casa.
Obatalá e Odudua passaram por lá e levaram o cavalo.
Xangô percebeu o roubo e saiu em busca do animal.
Foi informado que dois velhos que por ali passavam haviam levado o cavalo.
Xangô saiu em seu encalço e na perseguição encontrou Obatalá.
Quiz enfrentar Obatalá, que não se intimidou diante do rapaz, exigindo respeito e submissão.
Obatalá ordenou: "Kunlé! Foribalé!".
"Ajoelhe-se! Proste-se no chão aos meus pés!" E Xangô desarmado, atirou-se ao solo.
Xangô estava dominado por Obatalá.
Xangô já tinha conseguido seu colar de contas vermelhas e então Obatalá desfez o colar de Xangô e alterou as contas encarnadas de Xangô com as contas brancas de seu próprio colar.
Obatalá entregou a Xangô o novo colar vermelho e branco.
Agora todos saberiam que aquele era seu filho.
BIBLIOGRAFIA:
Mitologia dos Orixás; Reginaldo Prandi
Xangô é condenado por Oxalá a comer com os escravos
Xangô Airá, aquele que se veste de branco, foi um dia a casa do velho Oxalá para leva´lo a festa que faziam em sua cidade.
Oxalá era velho e lento, por isso Xangô Airá o levava nas costas.
Quando se aproximavam do destino, viram a grade pedreira de Xangô, bem perto de seu grande palácio.
Xangô levou Oxalufã ao cume, para dali mostrar ao amigo todo o seu império e poderio. E foi de lá de cima que xangô avistou uma belíssima mulher mexendo a sua panela.
Erá Oya!
Erá o amalá do Rei que ela preparava!
Xangô não resistiu tamanha tentação.
Oya re amalá Erá demais para sua gulodice, depois de tanto tempo pela estrada.
Xangô perdeu a cabeça e disparou caminho abaixo, largando Oxalufã em meio as pedras, rolando na poeira, caindo pelas valas.
Oxalufã se enfureceu com tamanho desrespeito e mandou muitos castigos, que atingiram diretamente o povo de Xangô.
Xangô, muito arrependido, mandou o povo trazer água fresca e panos limpos.
Ordenou que banharem e vestissem Oxalá.
Oxalufã aceitou todas as desculpas, e apreciou o banquete de caracóis e inhames, que por dias o povo lhe ofereceu.
Mas Oxalá impôs um castigo eterno a Xangô.
Ele que sempre gosta de fartar-se de boa comida.
Nunca mais pode comer, em prato de louça ou porcelana.
Nunca mais pode Xangô comer em alguidar de cerâmica.
Xangô só pode comer em gamela de pau, como comem os bichos da casa e o gado e como comem os escravos.
BIBLIOGRAFIA:
Mitologia dos Orixás; Reginaldo Prandi
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